Uma vez por mês, os alunos do Ensinos Fundamental II e Médio compartilham poemas durante os recreios. É a Sociedade dos Poetas Vivos, que proporciona um momento de troca e escuta atenta entre nossos escritores. Os encontros são momentos de declamar poemas autorais ou de autores consagrados, desenvolvendo a habilidade de entonação, postura e interpretação adequadas.
No último encontro dos 6º e 7º anos, os alunos leram um poema sobre a diversidade da língua e variedade linguística: A professora Gláucia Mourão explica: “Interpretamos o poema e, a partir dessa ideia, cada aluno foi dando sua contribuição com exemplos de sua família ou de causos que já haviam ouvido anteriormente, salientando a importância da norma culta, assim como a capacidade de comunicação independente das diferenças linguísticas”.
“É muito emocionante porque nós, professores, apenas assistimos, com muito pouca interferência. É um movimento poético autêntico dos jovens mesmo. A cada ano vemos que os alunos mantêm o engajamento nos encontros, que continuam cheios, e que as poesias parecem, como em uma sociedade mesmo, seguir um caminho estético próprio e autentico do movimento. Além disso, a leitura em si, em voz alta e diante dos amigos ou conhecidos, tem sido um ponto forte dos encontros, como se o texto literário e autoral finalmente saísse do papel e ganhasse a vida da palavra falada com eloquência”, explica a professora Nathalie Vleck.
O aluno Mateus, da 1M1, conta: “A Sociedade é uma boa oportunidade para quem quer começar a escrever e abre uma porta para quem tem uma certa vergonha de compartilhar seus textos e não sabe como ou por onde. Fazemos comentários sobre os escritos dos colegas e isso nos ajuda a melhorar cada vez mais”.
“O que é mais importante é perceber como eles veem e sentem o mundo, o poema é uma maneira de desabafo de suas angústias, seus medos, suas frustrações, suas alegrias e suas realizações. Como professora posso garantir que acompanhar as mudanças nos poemas de alguns alunos desde do Fundamental II até a 3ª série do Ensino Médio é um orgulho!”, disse a orientadora de Língua Portuguesa, Karla Faria.
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