Alunos-autores recebem Roberto DaMatta!
“Não é toda escola que faz os alunos publicarem um livro com uma reflexão como a que vocês fizeram. Vocês entregaram os seus corações e pensamentos e os transformaram em palavras. E as palavras ficam”, foi assim que o antropólogo Roberto DaMatta iniciou suas felicitações aos alunos das 1ª e 3ª séries do Ensino Médio, autores das 264 crônicas reunidas na 2ª edição do livro “Dando um jeito no jeitinho”, lançado ontem no Teatro GayLussac. A obra se inspira no conceito de ‘jeito’ brasileiro, trabalhado por DaMatta.
A professora de Produção Textual, Karla Faria, responsável por propor aos alunos o desafio de pensar sobre as pequenas corrupções do dia a dia explica: “Não se trata de um projeto moralista, mas a ideia é tirar os alunos da zona de conforto e gerar reflexões sobre atos que são normalizados socialmente, mas que banalizam a quebra de regras”.
As alunas Maria Clara e Giovanna, da 1M2, contaram:
“Foi uma oportunidade única. Discutir a banalização de pequenas corrupções diárias é muito importante, sobretudo no momento em que escrevemos – um dos mais tensos da pandemia, quando as pessoas marcavam festas clandestinas, por exemplo. Ouvir o Roberto DaMatta e ter uma obra lida por ele foi gratificante, nos fez refletir sobre nossas próprias atitudes”.
Formação de professores com Roberto DaMatta
A reunião de professores da 2ª feira, dia 25 de abril, contou com a ilustre presença do antropólogo Roberto DaMatta, que foi especialmente convidado para falar sobre o lançamento da 2ª edição do livro “Dando um jeito no jeitinho”, de autoria dos nossos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental. A obra é fruto das aulas da professora Karla Faria, de Produção Textual, que envolve os estudantes em debates sobre as pequenas corrupções do dia a dia tão típicas do povo brasileiro. E ninguém melhor que DaMatta para analisar o livro, já que a referência ao jeitinho partiu da obra do antropólogo.
DaMatta fez uma avaliação detalhada das crônicas escritas por nossos alunos e falou sobre as diferentes éticas da formação do povo brasileiro de outros povos, como o europeu ou o estadunidense.
“O livro está muito bem elaborado e editado, gostaria de parabenizar a professora e os alunos”, elogia.