Propagandas enganosas
13/12/2018

Quem diria que o enxaguante bucal não faria o que promete? Ou que o biscoito “fit” possui a mesma quantidade de calorias que um biscoito recheado? Essas descobertas poderiam ser muito mais comuns se passássemos a olhar com mais atenção os rótulos das embalagens dos produtos que consumimos. Por isso, os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental participaram do projeto Reinventando Propagandas, em que fizeram releituras de logomarcas e anúncios, apresentando sua verdadeira proposta.

O projeto elaborado pelos professores Glaucia Mourão de Língua Portuguesa, e Gustavo Abreu de Produção Textual, possui como objetivo trabalhar a construção de narrativas na voz passiva e ativa, que auxiliam na interpretação de textos. Além disso, nesses encontros os alunos puderam aprender sobre estrutura prototípica dos textos publicitários, composta por título, subtítulo, slogan, logotipo e informações nutricionais.

Junto às propagandas, os alunos tiveram uma leitura orientada do livro “Projetos Póstumos de Brás Cubas”, de Ivan Jaf, no qual o protagonista pretende criar um produto e procura um publicitário para ajudar na divulgação.

Nessas aulas, os alunos puderam conhecer diferentes peças publicitárias e suas estratégias de persuasão para convencer o público-alvo a que o anúncio do produto veiculado pretende alcançar. A aluna Maria Clara Saint’ Clair, que estudou as propostas feitas pelo McDonald’s, explica: “A ideia é mostrar as verdades não ditas pela marca, o mau atendimento e os exageros, que acabam fazendo com que a gente pague muito mais pelo produto”.

Além da conscientização sobre as propagandas, o ganho do projeto também se deu em questões de saúde. O grupo dos alunos Antônio Fonseca, Bernardo Neive, Lara Bibiane e Fabricio Silva, da turma 6M3, estudou a marca Kit Kat e conta: “Vimos que ele pode causar obesidade, devido a sua quantidade de açúcar. É muito alta, sendo ruim até para quem não é diabético”, além disso, eles descobriram que dos 12 ingredientes que compõem o chocolate, 7 fazem mal à saúde: “Não é algo que se deva comer todos os dias”, finalizam.