As patologias são um importante conteúdo da Biologia e também do currículo de Health and Safety. Entender como funciona a profilaxia da dengue, da zika e do chikungunya é essencial no Brasil, que vem travando uma grave luta contra a transmissão dessas doenças. Por isso, a Fiocruz trouxe à escola o projeto sem fins lucrativos “Eliminar a Dengue: desafio Brasil”. Os especialistas convidados conversaram com alunos da 2ª e 3ª séries do Ensino Médio, do 4º ao 6º ano do Ensino Fundamental e com os estudantes do nosso Clube de Ciências.
Segundo os especialistas, estudos realizados na Austrália testaram um método inovador: utilizar uma bactéria, a Wolbachia, naturalmente presente em 60% dos insetos, para infectar o Aedes aegypti. Assim que é introduzida no mosquito, ela impede a transmissão dessas doenças. A proposta é liberar mosquitos infectados pela bactéria de forma totalmente natural, para que eles se reproduzam no meio ambiente.
O projeto faz parte da campanha Brasil Contra a Dengue, que se encaixa na agenda de Health and Safety da escola, um dos parâmetros de nossa política de Salvaguarda. Além disso, o professor de Biologia Marcus Ferrassoli explica: “Faz parte do programa curricular das turmas estudarem não só as doenças como também a sua profilaxia, ou seja, como nós as prevenimos e como se melhora a vida e o ambiente da população”.
O palestrante Marcos Blanco explica: “As palestras são um trabalho de divulgação, sobretudo de conscientização da população”. Como a proposta é liberar mosquitos com a Wolbachia, o projeto vai na direção oposta aos métodos que tentam erradicar a doença matando os mosquitos. Segundo Gabriel Silvestre, coordenador do projeto em Niterói, isso pode muitas vezes deixar a população confusa: “É uma reeducação da população sobre os métodos de eliminar a dengue”.
O aluno do Clube de Ciências Murilo Ferreira gostou da atividade porque pôde aprofundar seu conhecimento no assunto: “É importante falar sobre isso desde pequenos porque já crescemos aprendendo sobre essas doenças e precisamos estudar para poder prevenir e ajudar as pessoas. É isso que quero ser quando eu crescer, cientista”.