Canela, cravo-da-índia, gengibre, noz-moscada, pimenta-do-reino e açafrão: como vieram parar aqui? A busca pelas especiarias teve um papel muito importante no processo histórico que envolveu a conquista do Novo Mundo por Portugal e Espanha. Assim, para compreender as motivações políticas e econômicas das aventuras marítimas ibéricas, as turmas do 7º ano uniram as disciplinas de Ciências e História para estudar as características científicas e a importância histórica das especiarias.
Durante a Idade Moderna, o consumo de especiarias representava status. Elas eram caras, raras e ajudavam na conservação dos alimentos em uma época em que não existia geladeira. Atualmente, esses produtos estão presentes em todas as cozinhas do mundo. Dessa forma, os temperos não foram somente apresentados e contextualizados, mas também fizeram parte de receitas populares produzidas pelos alunos: canjica, bolos de banana e maçã, suco de laranja, cenoura e gengibre e beijnho de coco. Assim, cada grupo buscou coletar informações sobre o Reino Plantae e compreender a importância desses temperos na expansão marítima.
A aluna Giovanna Longo conta: “Fazer esses experimentos aprofunda o conteúdo de forma divertida de modo que conseguimos reconhecer de outros modos as especiarias. Nós provamos, sentimos o cheiro, a textura, aprendemos onde são colocados os temperos, a história política e econômica de cada um deles e a ligação com a nossa história”.
A professora de História, Vanessa Sanches, finaliza: “Desenvolver a interdisciplinaridade é uma das propostas apresentadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ela é cada vez mais necessária quando se busca por uma educação global”.