O diário de Anne Frank é uma obra atemporal. Para apresentar a comovente história da menina judia que vivenciou e escreveu sobre o nazismo e o holocausto, os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental foram envolvidos no Projeto Literário O mundo de Anne Frank. Baseado no livro homônimo, escrito por Janny van Der Molen, o projeto tinha caráter interdisciplinar, e foi desenvolvido durante a primeira etapa por Português, Produção Textual e História. A professora Camila Groppo, de Produção Textual, desenvolveu um texto autobiográfico que colocava o aluno como personagem central. Assim cada um tinha que escrever sobre o seu mundo em um trabalho multimodal, amparado por imagens e objetos pessoais. Camila explica: “O objetivo era trabalhar o gênero da autobiografia e levar os alunos a conhecer um pouco mais de si mesmos, da sua história. A verdade é que, na vida escolar, oportunidades como essas são raras, já que estamos sempre muito centrados no mundo exterior a nós”.
O texto de Produção Textual é a base para o trabalho de Língua Portuguesa. A preocupação é mostrar que as duas disciplinas caminham juntas. A professora de Português Gláucia Mourão conta: “Durante as aulas, os alunos puderam expor com emoção suas histórias através de objetos, músicas, poemas, fotos e livros. À medida que cada momento era relembrado, todos vibravam e faziam uma reflexão, abordando, em alguns momentos, nossas discussões nas rodas de leitura sobre a vida da menina Anne Frank”.
Em História, os alunos se familiarizaram com conceitos como holocausto, nazismo e antissemitismo e foram convidados a usar a imaginação histórica e se imaginar jornalistas entrevistando a personagem principal do livro: Anne Frank. A partir disso, produziram um jornal-histórico com uma entrevista ping-pong com a menina.
Além das disciplinas do projeto, Artes também abraçou o tema, produzindo autorretratos ancorados na autobiografia. Uma abordagem transdisciplinar para um tema emocionante e atemporal.
A aluna Fernanda Auler conta “Esse foi um projeto que valeu muito a pena porque pudemos desenvolver trabalhos em diversas disciplinas e ainda aprendemos a falar em público. Estudar sobre Anne Frank nos ensina muito sobre o passado e misturar tantas matérias foi muito divertido”.