Menos 1 lixo
13/09/2018

Você sabia que em 32 anos teremos mais plástico do que peixe nos oceanos? E que só no Brasil 720 milhões de copos são descartados por dia? Preocupada com esse grave índice, a aluna Maria Antônia, do 8º ano, resolveu levar aos seus colegas do Clube de Ciências um alerta sobre os riscos do descarte. Por isso, convidamos Marina Marcucci, representante do projeto Menos 1 Lixo para palestrar aos alunos do Clube, que nesse semestre estudam impactos ambientais e poluição. O movimento Menos 1 Lixo, busca conscientizar as pessoas, mostrando que elas são capazes de mudar o mundo nos pequenos gestos. A conversa está em sintonia com a campanha “Tá me desperdiçando? Ah, me poupe!”, promovida pela escola, a fim de reduzir o uso de canudos e copos descartáveis por alunos e funcionários.

Nesse sentido, há alguns meses a escola vem promovendo projetos e campanhas para a conscientização dos alunos quanto ao descarte de plástico. Mutirões de limpeza nas praias de Itaipú, São Francisco e Icaraí foram promovidos pelas turmas. Infelizmente, não o suficiente para impedir a morte de uma tartaruga adulta em São Francisco: “Os animais, especialmente a tartaruga, comem plástico e acreditam que estão saciadas. Assim, quando ela não morre asfixiada ou com os órgãos perfurados, acabam morrendo de fome”, explica Marina.

A responsabilidade com o meio ambiente também deve se refletir em preocupação com a nossa própria saúde. Marina conta que o plástico PET, quando entra em decomposição após poucos dias de uso, libera microplástico. Esse, além de não possuir nenhum filtro que o segure, vai parar nos oceanos, servindo de comida aos peixes que chegam a nossa mesa: “É um ciclo, quando o peixe consome o microplástico, nós o consumimos também. As garrafas PET também são um grande problema”, ressalta Marina.

Substituir canudos de plástico pelos de vidro ou metal, optar pela lata em vez da PET e utilizar copos e garrafinhas retornáveis, por exemplo, são algumas medidas significativas para essa mudança: “A autorresponsabilidade é um valor importantíssimo nesse desafio de recusar o uso de canudos e copos descartáveis”, confirma a idealizadora do projeto, Fê Cortez.

“É mais grave do que a gente pensa que é, é mais próximo do que a gente imagina ser, mas ainda dá tempo de mudar e reverter essa situação” – Marina Marcucci, ativista ambiental