Malala no país das heroínas
12/07/2017

O elemento mágico sempre foi um dos pilares da construção das narrativas que se destinam ao público infantil e juvenil. Por conta disso, os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental estiveram envolvidos no estudo dos contos de fadas, histórias que ainda conseguem provocar ensinamentos e sensações a cada leitura. Foi desse mergulho no universo do faz de conta que surgiu, por parte dos alunos, uma intervenção: nos dias de hoje, as princesas tornaram-se heroínas, controlando sua própria história sem a necessidade de um príncipe encantado.

 

A partir daí, criou-se uma relação entre o conteúdo de Português,  Produção Textual e o trabalho do Projeto Literário com o livro “Malala, a menina que queria ir para a escola”, obra trabalhada pelos professores Gustavo Abreu e Gláucia Mourão. Malala, uma menina paquistanesa que lutou em defesa aos direitos das mulheres, inspirou a construção do projeto “Malala no país das heroínas”. Com a proposta de colocar em evidência a mais jovem vencedora do Prêmio Nobel e protagonistas de filmes atuais, o trabalho do 6º ano foi uma pesquisa sobre a personalidade e o potencial de cada figura feminina.

 

Para o projeto, foram escolhidas cinco heroínas contemporâneas: Mulher Maravilha, Moana, Mulan, Valente e Elsa. A partir da história das personagens escolhidas, os alunos tiveram a sensibilidade de perceber que está nas mãos deles a mudança que desejam ver no mundo, principalmente no que se trata do direito das mulheres e da liberdade para controlar sua própria vida. Dentro e fora da escola, destacam e afirmam que admiram a determinação e coragem de Malala Yousafzai. Para a jovem, uma criança, um professor, um livro e um lápis podem mudar o mundo.

 

A aluna da 6M3, Maria Eduarda Nacif, gosta muito de literatura e se envolveu com o projeto: “O interessante é que trabalhamos um livro que nos ensinou muito e a fundo sobre vários temas, não só sobre literatura. No caso da Malala, conversamos em sala sobre a força das mulheres e a possibilidade de fazermos o que queremos e isso foi incrível”.

 

Carolina Cordeiro, da 6M1, já conhecia a história da Malala e se inspirava muito nela: “Foi legal trabalharmos isso em sala porque essas heroínas inspiram outras meninas. A mulher deve ter seus direitos, ainda mais na realidade dela, tão diferente da nossa. Foi importante conhecer essa realidade onde elas não podiam nem estudar e ver que ela foi tão corajosa por ter enfrentado os talibãs e se arriscado pelo seu ideal”.