A natureza tem perdido espaço na civilização humana que cresce em um ritmo acelerado. Os apartamentos apertados e as cidades sem verde acabaram tornando-se lugar comum. Pensando nisso, a professora Patrícia Fernandes desenvolveu com a turma um trabalho acerca da liberdade e da noção de estar preso, engaiolado. A sensibilização para o tema começou durante as aulas de Ciências, quando os alunos estudaram temas como a preservação e os animais em extinção em uma unidade do livro. Em seguida, falaram sobre os pássaros e da união destes dois assuntos surgiu a atividade Desconstruindo Gaiolas.
Os pequenos imaginaram então como eles se sentiriam se estivessem presos em gaiolas e começaram a pesquisar mais sobre os pássaros. Alugaram livros na biblioteca, trouxeram pequenos vídeos para complementar a aula e passaram a observar as aves em casa ou na rua. A conclusão do projeto veio com belas poesias sobre o tema da liberdade em oposição à prisão das gaiolas e com a desconstrução das mesmas. As gaiolas desconstruídas viraram arte e lustres para enfeitar a sala.
O aluno Breno Sueth comenta: “Lugar de pássaro não é em gaiola, lugar de pássaro é no jardim”. Já Valentina Mattozo afirma: “Eu nunca fui um pássaro, mas deve ser horrível ficar longe de tudo o que conhece e não poder voar”. Os alunos também foram questionados sobre como seria ficar engaiolado e Mariana Galeano conta: “Para mim o sentimento de ficar engaiolado é de tristeza, de raiva, por que como é ficar preso sem ter feito nada de errado?”. E Pedro Tutungi diz: “Para mim viver engaiolado é perder a liberdade e eu não gostaria de viver assim”.
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