As turmas do 9º ano do Ensino Fundamental foram envolvidas em uma atividade de simulação dos conflitos e negociações das relações internacionais. Trata-se do Fórum da ONU, que reuniu as três turmas no Teatro GayLussac na segunda semana de junho. Os alunos foram divididos em delegações, cujas opiniões muitas vezes divergiam, com o objetivo de convencer os outros países acerca de seus interesses pelo uso de discursos de influência.
Este ano, os temas debatidos foram a possibilidade de intervenção da ONU na Síria, a construção do muro entre o México e os EUA e o pedido da Escócia de independência do Reino Unido. As delegações, diretamente envolvidas nesses conflitos de interesse, têm a oportunidade de debater as questões através da apresentação, primeiramente, da argumentação de cada delegação e de uma réplica, ainda podendo haver uma tréplica.
A aluna Sophia Potz, da 9M2, conta: “No geral, me surpreendi com o comprometimento de cada um, com a organização e seriedade das turmas. É muito interessante ver que os países se posicionam sobre assuntos diversos e entender o porquê”. Arthur Maia, também da 9M2, afirma: “Passamos a ver as coisas por outro ponto de vista e isso faz nossa argumentação crescer. Pesquisamos para entender por que cada país de posiciona de certa forma. É um aprendizado sobre a história do país e seu contexto político”.
A simulação é o mais próximo possível da realidade, com representantes que se utilizam de linguagem formal e técnicas de oralidade. A mesa é composta por alunos do Ensino Médio, que mediam o debate. Lucas Santini, da 3M2, fez parte da mesa: “É excelente comparar a visão de quando eu fiz parte do Fórum, e de como é ser a mesa agora, na 3ª série. A gente percebe que, apesar de nervosos, os alunos têm muito a acrescentar e é interessante pensar no futuro dessa geração. Eles estavam bem preparados e aproveitaram o tempo que era dado para argumentar de forma respeitosa”.
As votações que ocorrem ao final acabaram por decidir alguns rumos interessantes para as relações internacionais. Os alunos decidiram que deveria haver uma intervenção na Síria, que o muro não deveria ser construído e são a favor da independência da Escócia. Sophia Potz conclui: “É bom se colocar no lugar de um povo e testar a nossa capacidade de defender nossos ideais”.