“Quem sou eu”, “O que eu sei” e “Para onde vou” são questões filosóficas intrínsecas à construção social do ser humano. Proporcionar um ambiente educacional em que o aluno possa edificar uma identidade pautada pelas aberturas e profundidades no campo do saber, significa dar ao estudante protagonismo e autonomia. Com esse mote, os alunos da 3ª séria do Ensino Médio, participaram da segunda edição do projeto Experimentações Estéticas em que arte, música e filosofia se uniram para uma apresentação crítica e reflexiva sobre o cotidiano contemporâneo.

Indo do clássico ao POP, o Projeto em 2018 contou com apresentações em grupo de produções autônomas em audiovisual, canto, dança e piano. A história e o progresso do movimento feminista, a revolução no tratamento psiquiátrico por Nise da Silveira e a subjetividade social nas transformações da fronteira entre música e “barulho”, foram alguns dos temas presentes no trabalho mediado pelos professores Rafael Haddad, de Filosofia, Ranieri Pereira, de Música, e Emmanuelle Vaccarini, de Arte.

Segundo a professora Emmanuelle Vaccarini, “esse projeto possibilita uma reflexão acerca dos conhecimentos adquiridos ao longo da vida que, aliados a importância da percepção artística, enriquece a compreensão de mundo e, consequentemente, a formação intelectual”.

A aluna Sophia Bocannera da 3M3, conta: “Quando você faz esse tipo de trabalho, ele acaba tendo uma relação como seu dia-a-dia, faz a gente refletir sobre a forma que vivemos e contribui muito para a nossa construção”.

Para o professor Rafael Haddad, deixar que os alunos escolhessem o tema sobre o qual iriam falar, produzindo seu próprio conteúdo, tem grande peso na formação acadêmica:  “Quando eles se tornam autores do processo, pesquisam fontes que muitas vezes ultrapassam o conhecimento de um professor. Eles conseguem ir muito além das possibilidades que caberiam ali. Foi muito rico e surpreendente”, finaliza.