Em comemoração aos 65 anos da escola, o Teatro Gaylussac foi palco de um evento que se propôs travar um diálogo entre Educação e Cultura, público e privado, infância e arte. No dia 31 de agosto foi momento de refletir a função social da escola em uma era em que “tudo que é sólido se desmancha no ar”. Pois é no diálogo que nos humanizamos. Presentes estavam professores da escola, artistas e a comunidade da cidade, em uma manhã de rico de debate.
Na fala de abertura da nossa Diretora Luiza Sassi, o compromisso de repensar os caminhos de construção das relações humanizantes na escola. Para Luiza, é preciso pensar a arte dentro da escola não apenas como um apêndice no currículo e sim como algo estruturante. “A cultura em nossa escola tem que ser um modo de vida, que perpassa diferentes expressões como a fotografia, o cinema, a pintura, a poética ou a escultura”.
A palestra da professora da UFRGS, Dra. Sandra Regina Simonis, provocou indagações sobre a primeira infância como instância e experimentação. “Os professores de 0 a 3 anos precisam perceber que todos os começos estão ali. Vir ao mundo é vir à linguagem e a grande questão dos adultos é a inserir as crianças nesse universo da linguagem. As artes, ferramentas essenciais para isso, são plurais, são relatos irredutíveis e estão presentes desde os tempos imemoriais”.
A mesa redonda com a presença do secretário de Cultura de Niterói, Victor Wolf, e da Secretária de Educação, Flávia Monteiro, tinha como tema cultura e arte e foi mediada pela nossa Vice-Diretora Pedagógica, Renata Pestana. “A arte faz parte das relações que o homem faz em seu entorno. A escola é lugar de produção cultural”, explica Pestana.
Victor Wolf nota: “A formação cultural do indivíduo está dentro da escola, então é preciso entender que a cultura vai além do teatro, da pintura, da galeria. A expectativa é que o diálogo gere ideias frutíferas que para a nossa gestão”.
José Henrique Antunes, subsecretário de Projetos Especiais da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (SEMECT) esteve presente ao evento e explica: “Um evento como esse reafirma o compromisso das instituições, de educação e cultura, com uma cidade educadora. A criança é cidadã e vive a cidade, então é importante pensar essa formação para que tenhamos uma cidade mais harmoniosa e tolerante”.